Uma pergunta que já me foi feita por diversas vezes é esta: "É possível ser santo?". Isso não me assusta, porém, as pessoas que a perguntam me deixam as vezes perplexo, por serem crentes de uma vida inteira, membros de Igrejas locais por gerações, nascidas em berço evangélico. Somente uma coisa me arrepia mais que esta pergunta, relacionado a ser santo ou à santidade: As respostas e afirmações feitas.
Por muito já ouvi que o único santo foi Jesus, ou somente Cristo foi sem pecado, como se isto fosse a característica para este santo. Primeiro Jesus não foi santo, Jesus é Santo, e isto faz toda diferença na Bíblia.
“Consagrem-se, porém, e sejam santos, porque eu sou o Senhor, o Deus de vocês." Levítico 20:7
pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo”. 1 Pedro 1:16
Existem 2 definições interessantes utilizadas na Palavra de Deus para "santo":
- Kadosh - significa santo, em hebraico. É também a expressão utilizada para designar o nome de Deus dos judeus. Kadosh significa também algo sagrado, ou um indivíduo que foi consagrado perante outras pessoas. Kadosh também aparece na Bíblia, no Novo Testamento.
- Hágios - tem provavelmente como seu sentido fundamental “separação, i.e., do mundo a serviço a Deus. Se não original, é um sentido em uso desde longa data. Esta separação, de qualquer forma, não é principalmente externa. É antes uma separação do mal e da corrupção. Realmente importante, então, é o significado moral da palavra. Esta palavra, rara e de sentido neutro no grego clássico, desenvolveu o seu sentido, de tal forma que expressa a concepção completa de santidade do N.T. como nenhuma outra.
Percebam que estas duas palavras podem se fundir, se unir ou se complementar significando "algo ou alguém separado, consagrado" a uma tarefa, missão, cargo ou alguém superior. Ser "santo" nos foi "imposto" e não "proposto" quando se diz respeito à adorar ao Senhor e servi-lo. Hoje é difícil, principalmente no Brasil falar sobre imposições, leis ou regras, mas nós, crentes, seguimos as diretrizes eternas contidas na Bíblia. Portanto este ser "santo" é estar distante do mundo e de suas influências e deleites oferecidos e servidos como manjar. Se separado, consagrado não outorga a alguém, ser "sem pecados", porém, este que é consagrado, ele o faz - esta separação ou consagração - todos os dias aos pés do Senhor clamando por misericórdia e perdão.
Isto também, não o torna escravo do pecado e assíduo pecador, não, o faz reconhecer de sua miséria perante a "SANTIDADE" daquele que é "SANTO". Desta forma é possível e extremamente necessário sermos "santos" todos os dias, separados do mundo, de nossas vontades, de nossas manias e desejos para cumprirmos a vontade, daquele que nos resgatou do império das trevas e nos transportou para o Reino de seu amor.
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